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As sete leis para os filhos de Noé

Abordaremos aqui as sete leis universais para os filhos de Noé e seus comentários.

Rabino Pinchas Blinder - Rosh Yeshiva da Yeshiva Virtual 

A primeira lei - A crença em D´us

1. Crer em D'us

                 Não adorar ídolos

O homem, a criatura mais fraca, é cercado por forças de vida e morte muito maiores que ele próprio. Confrontado com a vastidão destas forças universais, o homem pode muito bem tentar servi-las a fim de se proteger e melhorar seu quinhão.

A essência da vida, entretanto, é reconhecer o Ser Supremo que criou o Universo — acreditar n’Ele e aceitar Suas leis com temor reverencial e amor. Devemos nos lembrar de que Ele conhece todas as nossas ações, recompensado a bondade e punindo o mal. Somos dependentes d’Ele, e somente a Ele devemos fidelidade. Imaginar que poderia haver qualquer outra força que poderia nos proteger ou prover as nossas necessidades não só é tolice, mas perverte o propósito da vida e, como a história tem mostrado, liberta potencialmente poderosas forças do mal em nós mesmos e no mundo.

 

A segunda lei - Não Blasfemar

2. Respeitar D'us e louvá-Lo

              Não blasfeme Seu Nome

Quando nos desapontamos com a vida, quando as coisas não andam como deveriam, é muito fácil apontar o dedo acusador e culpar todo mundo... tudo... até mesmo D’us. Lealdade e confiança são fundamentais na vida. Culpar D’us, amaldiçoar ou amaldiçoar outros em Seu Nome é um ato de deslealdade — similar à traição. É um ato que mina a base de toda a ordem e estabilidade sobre a qual uma sociedade justa deve se manter. D’us certamente é justo, muito embora uma mente limitada não possa compreendê-Lo, já que Ele é infinito.

A terceira lei - Não Matarás

3. Respeitar a vida humana

Não mate

O primeiro registro da desumanidade contra o homem começa com a história de Caim e Abel. O homem é na verdade o guardião de seu irmão. A proibição contra o homicídio (incluindo o aborto) vem proteger o homem da tendência animal que existe dentro dele. O homem agressor nega a santidade da vida humana e, em última análise, ataca D’us, que nos criou à Sua imagem.

A quarta lei - Não cometerás adultério e imoralid

4. Respeitar a família

Não cometa atos sexuais imorais

A Bíblia Judaica afirma: "Não é bom que o homem esteja só"; então D’us fez uma companheira para Adam e no casamento "Ele os abençoou". Em uma família saudável a criatividade do homem encontra expressão significativa. Famílias sadias são a pedra angular de comunidades, nações e sociedades sadias. As nações que permitiram a imoralidade — adultério, zoofilia, sodomia, incesto, etc. — nunca duraram muito. A imoralidade sexual é o sinal de uma decadência interior que gera uma sociedade cruel, trazendo confusão ao plano de vida Divino.

A quinta lei - Não Roubarás

5. Respeitar os direitos e propriedades alheios

Não roube

Visto que nosso sustento vem de D’us, deveríamos procurar obtê-lo honestamente, com dignidade, e não por meio de meios enganadores. Violar a propriedade alheia, roubar ou enganar, é um ataque essencial sobre a humanidade do indivíduo. Isto gera anarquia, mergulhando a humanidade nas profundezas do egoísmo e crueldade. Foi por este pecado, acima de todos, que o Dilúvio foi trazido sobre o mundo.

A sexta lei - Criar tribunais de Justiça

6. Criar um sistema judicial

Persiga a justiça

Um sistema legal robusto e saudável, administrando justiça corretamente, cria uma sociedade digna da bênção de D’us. Estabelecer um sistema de juízes, tribunais e oficiais para manter e impingir a lei é uma responsabilidade de longo alcance. Este preceito traduz os ideais de nossa vida pessoal numa ordem formal para a sociedade em geral. É a extensão e garantia de todas as leis precedentes.

A sétima lei - Não comerás membro de animal vivo

7. Respeitar todas as criaturas

Não coma a carne de um animal enquanto este ainda vive

D’us deu ao homem "domínio sobre o peixe, a ave, o gado e sobre toda a terra". Nós somos os guardiões da criação de D’us. Em última análise, nossa responsabilidade se estende além da nossa família, além até da sociedade, para incluir o mundo da natureza. Comer carne tão fresca que o animal ainda esteja vivo pode ser saudável, mas é cruel, até bárbaro, o que demonstra uma insensibilidade decadente à dor alheia. Esta lei é a pedra de toque, se você quiser, que mede como as outras seis leis estão sendo observadas. Quando o homem cumpre o seu potencial, toda a criação é cultivada e elevada para realizar esta meta. Isto transforma o mundo num lugar belo onde D’us pode habitar.

Fonte: Site http://www.admatai.org

Traduzido do folheto da Campanha Mundial Para Saudar Mashiach
Campanha de Conscientização de Mashiach
Rabbi Yosef Yitzchok Lispkier, Z"L.

Adaptação Livre do Rabino Pinchas Baruch Blinder ( rabinopinchas@hotmail.com )

Sobre as sete leis dos filhos de Noé

Pela graça de D´us

Estas leis fundamentais foram ordenadas por D´us através de Moisés,nosso mestre.
Elas definem as responsabilidades éticas e morais de toda a humanidade.

 

 

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Parashat Pinchas 5768 - Resumo e Estudo

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Resumo da Parasha (Pinchas) : Bamidbar 25:10 - 30:1

O Neto de Aarão, Pinchas, foi recompensado por seu ato de zelo, executando o principe da tribo de Shimon Zimri e a princesa Midianita.
D´us garantiu a ele um pacto de paz e o sacerdócio (kehuná).

O censo contou 601,730 pessoas entre 20 e 60 anos de idade.
Moises foi instruido de como a terra deveria ser dividida, por sorteio entre as tribos e familias de Israel. As cinco filhas de Zilofead pediram a Moises que lhes fosse garantido uma porção na terra pertencente a seu pai, que morreu sem filhos, e D´us aceitou suas suplicas e as incorporou na Tora da lei de heraça.

Moises coloca Yoshua como seu sucessor e a liderar o povo na Terra de Israel.

A porçaõ da Tora conclui com uma lista detalhada das oferendas diarias, e das oferendas adicionais trazidas em Shabat, Rosh Chodesh (novo mes), e dos festivais de Pessach, Shavuot, Rosh Hashana, Yom Kipur, Sucot e Shimini Atseret.

Um pequeno estudo:

O começo da parashá descreve a recompensa divina de Pinchas pelo seu zelo em vingar a insolencia de Zimri em trazer uma mulher detestavel no campo dos israelitas. No cometario de Rashi, parece uma dificuldade a repetição desnecessaria da genealogia de Pinchas, a qual diz que ele era filho de Elazar e neto de Aarao, o Sumo Sacerdote. Isto já havia sido dito a alguns versiculos antes, e Rashi conclui que o proposito aqui, em nossa porção, não é somente de informar de quem Pinchas descende, senao de defende-lo das criticas que os Israelitas tinham contra ele, que ele era neto de Itro, que havia feito Avodá-Zará (Idolatria), e que ele havia herdado deste algumas inclinações pagas. Toda via, dos detalhes citados por Rashi, surgem algumas dificuldades, as quais surgem do conceito de zelo. Seria o zelo religioso encorajavel ou criticavel ? Ele seria resultado de Orgulho e Ostentaçao ou de devoçao genuina ? Qual deve ser nossa atitude quando suspeitamos dos motivos de alguem por seu comportamento religioso ?

Analisemos a recompensa pelo zelo.

O episodio de Pinchas tem lugar quando uma peste afligia os Israelitas. Levando em consideração que ele não era como Moises, o lider de sua geração, nem tampouco (ainda) era um sacerdote, todavia através de sua atitude a peste cessou, e a paz foi reestabelecida entre os Judeus e D´us: "E eis que lhe dou a minha aliança de paz" lâkhên 'emor hineniy nothên lo 'eth-beriythiy shâlom לכן אמר הנני נתן לו את בריתי שׂלום

Assim, inclusive durante uma epoca de afliçaõ espiritual, quando alguem ve um Judeu Zeloso em seu serviço divino, inclusive quando este Judeu não tem ganas de liderança ou distinção, não se deve dissuadi-lo ou desencoraja-lo. Porque ele, tal como Pinchas, é aquele que traz a verdadeira paz entre D´us e seu povo, a paz que é o oposto da separação e do exilio.
E ele que trará a redenção final , como esta dito em varios lugares:
“Pinchas é Eliahu”(Targum Yonatan ben Uziel, Vaera 6:18; Pirkei de Rabbi Eliezer, ch. 47; Zohar, Part II, 190a; Rashi, Baba Metzia, 114b)
Como esta dito em
והשׂיב לב אבות על בנים ולב בנים על אבותם פן אבוא והכיתי את הארץ חרם
Malaquias 3:24

E Eu voltarei o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais

na paz ultima e duradoura.

Baseado nas Lições do Lubavitcher Rebbe, em Likkutei Sichot, Vol 8 pg 160-170. Adaptação livre do Rabino Pinchas Baruch Blinder ao português